segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Alguém que é ninguém

Aqui debaixo
Vejo os carros que passam
Que aceleram e Freiam na lombada.
Vejo o crescimento da cidade
A evolução da sociedade.

Vejo velhos, adultos, crianças
Vejo políticos, executivos
e seus seguranças.
Vejo um pastor
e em seus lábios
palavras de esperança.

Vejo falar de um lugar bonito.
Um lugar silencioso e tranquilo
Vejo uma luz, uma esperança.

Ninguém me vê.
Eu vejo todos.
Estou sempre aqui abrigado
e chamo meu abrigo de casa.
Moro aqui até que vejam
e me façam ser alguém,
Pois aqui debaixo da ponte
Eu sou apenas ninguém.


4 comentários: