sábado, 30 de julho de 2011

Epílogo de um poeta sem inspiração...


Sentado em minha cadeira velha de balanço.
R
elembro dos romances que já vivi.
Penso nas aventuras que participei.
Nas lutas que eu já ganhei...
Lembro-me dos "r's" e "S's" que usei.

Dos títulos bonitos que coloquei.
Das garrafas de café que eu tomei

E reflito na situação que estou hoje.
Não consigo mais andar com essas pernas cansadas.
Minha mente não consegue criar mais nada.

Meu mundo de fantasias já não existe mais.

Já não posso ser jovem novamente.

Me apaixonar novamente.

Me encantar novamente.

E ainda que isso seja difícil pra mim,
Sei que meu tempo já é passado.

Hoje, guardo a caneta com a qual belos poemas escrevi.

Escondo os inúmeros rascunhos que eu fiz.

Fecho a porta da minha mente e me despeço.

Hoje já não sou mais um poeta.
-Sou uma pessoa "normal."

Um comentário:

  1. Ser poeta não é uma escolha! O poeta nasce como uma estrela, e brilha mesmo quando morre. Então, em fim, na plenitude de milhares de anos, pouco a pouco se desfaz...

    Ser poeta é ser poeta. É não ter nome próprio ou ser dono de si. A poesia lhe é essencial para a sobrevivência. Um poeta é sempre assim!

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